segunda-feira, 22 de março de 2010


No nosso quotidiano ouvimos e utilizamos um conjunto de “frases feitas”, cuja origem se perde na memória. Desde o tempo dos Romanos e dos Gregos, passando pelas invasões napolitanas, se utilizam essas expressões, que não são mais do que acontecimentos que marcaram uma época. A origem e o significado de algumas dessas expressões mais usadas por nós.

Ir para o maneta - morrer, estragar.
Na época das invasões francesas, um dos generais que comandava as tropas, chamado Loison tinha perdido um dos braços numa batalha. A sua especialidade era torturar os presos, causando inúmeras mortes. O povo tratava-o por maneta e ir para o maneta era ser torturado com uma morte certa.

À grande e à francesa - vida luxuosa e rica.
Outro general francês, de nome Junot, viveu em Portugal durante bastante tempo e a vida extravagante e luxuosa como vivia originou essa expressão.

Obras de Santa Ingrácia - sem fim.
As obras da igreja de Santa Ingrácia duraram mais de 300 anos. A igreja ruiu e em 1861 começou a sua reconstrução, obra que durou até aos nossos dias.

Beber uma imperial - beber uma cerveja sob pressão.
A fábrica germânica Imperial foi das primeiras a vender cerveja em Portugal, adaptando-se o nome ao copo de cerveja, à semelhança das máquinas de café La Cimbali que deram origem ao cimbalino.

Ficar a ver navios - não conseguir, decepção.
Quase no final da II disnatia, em 1578, o Rei D. Sebastião foi combater em Alcácer-Quibir e lá deveria ter a vida. A ausência do rei nas cortes criou um mal-estar a nível nacional e há quem tenha ido para alto de Santa Catarina ver os navios, esperando a chegada de D. Sebastião.